Publicado em 22 de julho de 2025
Entenda como o consumo de refrigerante pode afetar sua saúde, dos ossos ao sono.
Ele está presente nos almoços de família, nas sessões de cinema em casa e nos encontros com amigos.
O refrigerante se tornou um símbolo de momentos de descontração.
Mas, por trás das bolhas refrescantes e do sabor doce, existe um lado menos agradável que merece nossa atenção, seja na versão tradicional, zero ou light.
A ideia aqui não é criar alarme, mas ter uma conversa honesta sobre como essa bebida, quando consumida com frequência, pode impactar o nosso corpo de maneiras que muitas vezes nem imaginamos.
Vamos entender, ponto a ponto, como ela age no nosso organismo?

1. Um Risco Silencioso para a Saúde dos Ossos
Você sabia que o refrigerante pode deixar seus ossos mais frágeis?
O principal responsável por isso é o ácido fosfórico, muito comum em bebidas à base de cola. Essa substância pode dificultar a absorção do cálcio pelo corpo, um mineral essencial para manter a estrutura óssea forte e saudável.
Um estudo importante da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, observou que mulheres que consumiam refrigerante de cola regularmente apresentavam uma densidade óssea menor na região do quadril.
Esse é um ponto de atenção importante, principalmente para mulheres acima dos 40 anos, quando o cuidado com a osteoporose se torna ainda mais relevante.
2. A Ilusão do Refrigerante “Zero” ou “Light”
Muitas pessoas trocam o refrigerante comum pela versão “zero” ou “light” acreditando que estão fazendo uma escolha mais saudável.
No entanto, o corpo pode não concordar. Estudos sugerem que os adoçantes artificiais presentes nessas bebidas podem “enganar” o cérebro.
Eles alteram nossos sinais de saciedade e podem, paradoxalmente, aumentar a vontade de comer doces e alimentos mais calóricos.
Além disso, algumas pesquisas associam o consumo frequente de refrigerantes diet a um aumento da gordura abdominal.
3. Um Alerta para a Saúde do Coração
O impacto no sistema cardiovascular é outra grande preocupação. O consumo diário de bebidas açucaradas sobrecarrega o organismo.
Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard mostrou que esse hábito aumenta o risco de problemas cardíacos.
Nas mulheres, o consumo regular de refrigerantes também está ligado a níveis mais altos de triglicerídeos, que são um tipo de gordura no sangue.
Quando elevados, eles se tornam um fator de risco para doenças do coração.

4. O Impacto Direto no Açúcar do Sangue
Tanto as versões com açúcar quanto as com adoçantes podem ser problemáticas para o controle do açúcar no sangue.
As bebidas açucaradas causam picos de glicose, forçando o pâncreas a trabalhar mais para produzir insulina.
Com o tempo, esse processo pode levar à resistência à insulina, um passo anterior ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.
5. Seus Dentes, Rins e até seu Sono Sofrem
Os efeitos não param por aí. A combinação de açúcar e acidez dos refrigerantes é uma inimiga declarada do esmalte dos dentes, facilitando o aparecimento de cáries.
Algumas bebidas também contêm substâncias que podem contribuir para a formação de pedras nos rins.
E a sua noite de sono? A cafeína, presente em muitos refrigerantes, pode atrapalhar o descanso, causando insônia ou despertares noturnos.
Perguntas Frequentes sobre Refrigerantes
- Refrigerante realmente enfraquece os ossos?
Sim, especialmente os do tipo cola. O ácido fosfórico presente neles pode interferir na forma como seu corpo usa o cálcio, que é vital para a força e a densidade dos ossos. - O refrigerante “zero açúcar” engorda?
Ele não tem calorias, mas pode influenciar o ganho de peso. Os adoçantes artificiais podem confundir os sinais de fome do corpo e aumentar o desejo por outros alimentos doces. - Qual o pior tipo de refrigerante para a saúde?
É difícil eleger um só. Os com açúcar são ruins pelo excesso de calorias e impacto na glicemia. Os de cola são preocupantes para os ossos. De modo geral, o consumo frequente de qualquer tipo é desaconselhado. - Como posso diminuir o consumo de refrigerante?
Comece aos poucos. Tente substituir um copo de refrigerante por água com gás e limão espremido ou por um chá gelado caseiro. A mudança gradual é mais fácil de manter.
Não é preciso declarar guerra total ao refrigerante e nunca mais tomar um gole. O mais importante é a consciência.
Entender o que estamos consumindo nos dá o poder de fazer escolhas melhores e mais equilibradas para a nossa saúde.
Reduzir a frequência já é um grande passo. Cuidar de si é também fazer escolhas mais gentis para o seu corpo, um dia de cada vez.