“Jacu de Barriga Castanha” uma ave com perigo de extinção
O Jacu de Barriga Castanha é uma ave da família Cracidae, da ordem Galliformes. Seu nome científico é Penelope Ochrogaster, e encontra-se no Oeste de Minas Gerais e de Goiás até o Mato Grosso. Alimenta-se de flores de ipês (ou piúvas, nome dado a essa árvore no Pantanal), de tarumãs e cipós nas árvores durante a florada; por vezes, a exemplo de outros jacus e por andar no chão, também pode comer frutos, sementes e invertebrados.
Esta ave está ameaçada de extinção. É monógamo (indivíduo só tem um único parceiro durante toda a vida). O casal constrói o ninho pequeno nos cipós, ou no alto das árvores, ou em troncos caídos; algumas vezes aproveita ninhos abandonados de outras aves. Os ovos são brancos, lisos e grandes. A incubação dura aproximadamente 28 dias. Também é conhecida como jacu ou jacu-goela, é um exemplar bastante grande. Chega a medir 77 centímetros de comprimento. Apesar disso, não é a maior desta família. Este título fica para o jacu-de-cocuruto-branco, que atinge 82 centímetros, contudo, infelizmente, por causa da caça e da alteração de seu habitat, está praticamente extinto fora da planície pantaneira.
Visualmente este jacu, a exemplo de outros da espécie, lembra uma grande galinha, de asas longas. A diferença está na plumagem. De cara tem um topete pardo-avermelhado e faixa superciliar esbranquiçada, que contrasta com a sobrancelha negra. O abdômen é castanho vivo. A cor das costas e da cauda é cinza escuro, quase negro, manchado de pequenos riscos claros. O bico é escuro e os pés, claros. De comportamento arredio, o jacu-de-barriga-castanho some das vistas ao menor sinal de perturbação de sua paz. O voo normalmente é pesado, mas no chão esta ave até que é bem ligeira, costuma desaparecer com facilidade entre as folhas, sem dar qualquer alarme.