Apesar de sua má reputação pelo seu uso recreativo indevido, os cogumelos alucinógenos contém uma substância chamada psilocibina, que tem a capacidade de reduzir o sofrimento psicológico em pacientes com câncer terminal ou avançado, por um período longo de duração.
Um estudo piloto realizado por Dr. Charles Grob, psiquiatra e pesquisador no Harbor-UCLA Medical Center, baseou-se na aplicação em doze pacientes de câncer e constatou mesmo as pequenas doses de psilocibina tem um efeito eficaz em pacientes com câncer terminal.
Estes pacientes possuíam faixa etária entre 36 e 58, e sofriam com câncer em estágio avançado, além de enfrentar uma forte ansiedade em consequência do diagnóstico. Cada um dos paciente fizeram duas sessões nas quais receberam um placebo e a psilocibina.
Os pacientes e médicos conseguiram identificar quais eram o placebo e quais eram a psilocibina, em 80% do tempo. Então, os pacientes alegaram sentir uma maior sensação de calma e paz, tanto quanto ficaram menos dependentes de analgésicos narcóticos.
O consumo da psilocibina proporciona reduções na depressão e na ansiedade um dia depois de experimentar o medicamento. A duração do efeito da dose resume-se em cerca de seis meses, de acordo com o experimento e isto foi constatado em 80% dos participantes.
Este experimento constatou um grande potencial terapêutico quimicamente induzido por experiências de quase morte. Sua eficácia foi capaz de promover alívio aos pacientes que se encontram diante da perspectiva de morrer.
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Os pacientes que possuem esse tipo de ansiedade existencial acabam com pensamentos preocupados em relação ao significado da vida e com como será o processo da morte. O tratamento tem a função de proporcionar mais esperança e fazê-los com que não se sintam desesperados e ansiosos com os próximos acontecimentos.
Se este tratamento funcionar com mais pacientes desta condição, a terapia com psilocibina terá a oportunidade de se tornar um tratamento que visa o bem estar dos pacientes com câncer, portadores de depressão e ansiedade, pois, segundo os pesquisadores, esses distúrbios psicológicos atingem cerca de 40% dos pacientes de cancro.