manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da mata atlântica, que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono.
O destaque dessa planta são as flores que são grandes, numerosas e muito vistosas aparecendo durante os meses de novembro a março. O mais interessante é que essas flores vão mudando de cor e passam por várias tonalidades, ao desabrocharem são brancas, posteriormente rosas e finalmente roxo-escuras.
Manacá-da-serra é a única árvore do gênero que muda suas flores de cor.
O gênero Tibouchina possui cerca de 30 espécies, todas oriundas da América do Sul, muitas delas nativas do Brasil. A florada é sempre em tons de rosa, roxo e lilás, mas nem todas possuem essa capacidade de mudar de cor conforme ficam velhas, como acontece com o manacá-da-serra, daí seu sobrenome científico ser “mutabilis”, que em latim significa “mutável, que se transforma”.
Os frutos do Manacá da Serra são ovalados e quando maduros (secos) soltam grande quantidade de sementes que são minúsculas, quase que um pó.
Existem outras espécies de Tibouchina que produzem flores que mudam de cor, mas a que mais se destaca é a T. mutabilis e que é a mais propagada também.
A propagação do Manacá da Serra sempre foi feita através das sementes, mas atualmente os viveiristas desenvolveram técnicas de propagação vegetativa através de estaquia e as plantas obtidas por esse sistema já florescem bem pequenas, já nas primeiras brotações. Essa mudança no método de propagação causou até uma confusão na definição da espécie, pois nomeou a planta como Manacá da Serra Anão, o que está errado, pois a espécie é a mesma só que florescem mais precocemente.
Dicas de Cultivo: O plantio dessa árvore deve ser feito em covas bem espaçosas com substrato bem solto e enriquecido com bastante matéria orgânica procurando dar ao mesmo as mesmas características do solo sob as matas.
Não deixar faltar umidade que é fundamental aos Manacás, sendo bastante recomendável manter uma cobertura morta (mulching) ao redor do caule.
Em solos muito compactados as dificuldades para desenvolvimento são bem maiores. Em mudas obtidas por estaquia os cuidados devem ser ainda maiores já que o sistema radicular é mais frágil. As adubações podem ser feitas integralmente com adubos orgânicos tipo húmus de minhoca, esterco bovino entre outros.
Quando cultivado em vasos a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.
Propriedades e benefícios
A planta possui propriedades medicinais que podem ser usadas em tratamentos fitoterápicos, mas sempre com acompanhamento médico. Suas ações são como purgativo, diurético, emenagogo, antivenéreo, antissifílico e antirreumático. Pode ser usada no tratamento de reumatismos, artrites, afecções inflamatórias, dores, cólicas menstruais, cãibras, febres, gripes, resfriados, doenças venéreas, agindo ainda como tônico e depurativo do sistema linfático.
Formas de consumo
Decocção: para preparar a decocção, coloque as raízes em uma vasilha e acrescente água fria. Em seguida, leve ao fogo por um período de, no máximo, 10 minutos. Retire do fogo e, em seguida, tampe a mistura. Deixe por alguns minutos e em seguida coe, consumindo conforme orientação médica.
Consuma sempre antes das refeições e não adoce com açúcar. Caso achar necessário adoçar, o faça com pequenas quantidades de mel.