De nome científico echinodorus grandiflorus, o chapéu-de-couro é uma planta que também é popularmente conhecida como chá-de-campanha, chá-mineiro, aguapé, alismacéa, erva-de-bugre, erva do pântano, erva do brejo, congonha do brejo, entre outros.
A planta, semiaquática, é nativa do Brasil e pode ser encontrada em regiões alagadas de cerrado ao sudeste do país, principalmente em Minas Gerais e São Paulo, mas também pode ser encontrada ao Sul, nos estados do Paraná e Santa Catarina, e ao Centro-Oeste, no Mato Grosso do Sul.
As partes inferiores da planta permanecem imersas, e as folhas e inflorescências ficam para fora da água. A planta é comum em lagos, brejos, margens de rios e pântanos. Possui flores brancas com manchas amareladas.
A planta medicina chapéu-de-couro possui propriedades que não envolvem muitas pesquisas científicas. É usada popularmente para o tratamento do excesso de ácido úrico, problemas de pele, artrose, gota e sífilis, além de ter propriedades depurativa, tônica, anti-inflamatória e antirreumática. Pode ser útil ainda contra a inflamação da pele e da garganta, micoses e inchaço nos pés, além de doenças reumáticas autoimunes – como é o caso da artrite reumatoide -, hipertensão, fígado gorduroso, entre outras doenças.
As folhas da planta possuem constituintes como polifenois, iodo, flavonoides, triperpenos, taninos e xantonas, responsáveis por suas propriedades e benefícios.
Apesar de terem sido realizados muito poucos estudos sobre essa planta semiaquática, o chapéu de couro não apresentou efeitos tóxicos. Contudo, assim como é a história para todos os tratamentos naturais, a melhor saída é sempre procurar um profissional para dizer se o seu uso é indicado. Cada caso é único, por isso deverá ser feito algum estudo acerca de seu problema para que o médico receite o chá de chapéu de couro como tratamento natural. Evite ao máximo se automedicar, pois as consequências podem ser muito perigosas.
É importante que, antes de consumir medicamentos naturais ou industrializados, o paciente procure orientação médica para saber sobre as interações medicamentosas e se o tratamento se aplica ao caso isolado.