Natural do México, a Dahlia é encontrada com vários tipos de pétalas, ou flores, ou inflorescências. Plantadas a pleno sol, as dálias não dão nenhum trabalho e vão bem em todo tipo de solo ou vaso. Mas preferem os fofinhos e ricos em matéria orgânica. A mistura ideal de substrato é uma parte de terra comum, uma parte de esterco de gado bem curtido ou de composto orgânico, e uma parte de areia. Recomenda-se adubar o solo antes do plantio com fertilizantes ricos em potásio, como cinzas de madeira ou torta de mamona, ou mesmo NPK de fórmula 10-10-20, se a opção for por adubos químicos.
Foi o botânico sueco Anders Dahl, responsável pela expansão das dálias pela região nórdica da Europa, que inspirou o nome da flor. Os holandeses e os franceses foram os maiores incentivadores do cultivo e da produção de inúmeras espécies híbridas de dálias. Os imigrantes holandeses contribuíram para a propagação desta flor no Brasil. Hoje, entre naturais e híbridas, existem mais de 3 000 variedades, com uma diversificação de formas, cores tamanhos e adaptações a diferentes condições.
As dálias são bulbos, ou plantas de raízes tuberosas, portanto, o que se costuma plantar é simplesmente um tubérculo, ou um pedaço de tubérculo, embora o plantio possa ser feito, também, por mudas ou sementes. O tubérculo deve ser enterrado numa pequena cova de aproximadamente 12 centímetros de fundura, com os “olhos” virados para cima, cubra com terra e regue um pouco. Em 15 dias acontecerá a brotação. As dálias com hastes altas, devem ser plantadas com distância de 1 metro uma das outras, as de menores hastes, de 35 a 50 centímetros. É recomendável que, quando a planta atingir mais de 15 centímetro de alturas, faça a poda de desbaste nos brotos excedentes, deixando apenas o mais vigoroso.
Apesar de genericamente usar-se o termo “bulbo” para designar a estrutura subterrânea usada como um dos meios de reprodução das dálias, o correto é dizer que as dálias se reproduzem por meio de tubérculos, que são caules modificados em forma de raiz, arredondados, hipertrofiados, que acumulam substâncias de reserva (amido). Os tubérculos apresentam saliências denominadas olhos ou brotos (gemas). Em relação ao cultivo e comportamento, o tubérculo é muito semelhante ao bulbo. Outras plantas que se reproduzem por meio de tubérculos são batata-inglesa, cará, inhame e caládio ou tinhorão e dália.
As dálias podem agrupar-se em dois grupos principais: as anuais, que se desenvolvem a partir de semente, e as que se desenvolvem a partir de tubérculos. As sementes vendem-se habitualmente em misturas de diferentes cores; para a obtenção de flores de uma determinada cor, é preferível optar pela plantação de tubérculos.
As plantas podem crescer desde 30 cm até 1,5 m de altura, com flores singelas ou dobradas de 5 a 25 cm de diâmetro, dependendo do tipo. As dálias florescem dos fins de Julho até ao fim do Outono.
As dálias precisam de luz abundante e, de preferência, canteiro próprio. Solo ligeiro bem drenado é o ideal, mas as plantas dão-se em qualquer solo razoável. Se o solo for compacto, junte-lhe um pouco de areia e de terriço. Prepare o solo, estrumando-o bem no Outono para as plantar na Primavera seguinte.
Compre os tubérculos maiores que conseguir, pois são esses os que mais provavelmente produzirão as flores maiores e mais abundantes. Certifique-se de que são saudáveis — rejeite os que tiverem cortes, pontos moles, sinais de apodrecimento ou zonas secas ou manchas poeirentas.
Todas as dálias, excepto as anãs, necessitam de estacas. Abra um buraco de 15 cm para cada planta e espete nele uma robusta cana de 1,5 m até à profundidade de cerca de 30 cm.
Coloque o tubérculo cuidadosamente para não o danificar e deixando para cima a parte que irá dar origem ao caule. Misture o solo extraído com farinha de ossos e um pouco de turfa — Utilize-o para tapar o buraco e depois regue a planta.
Se quiser obter dálias em vasos, proceda do mesmo modo, colocando estacas e plantando o tubérculo. Regue depois de plantar e novamente passados dois dias, se o tempo estiver seco.