De acordo com o médico Nucelio Lemos, membro da Associação de Obstretícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), essa dor incômoda – conhecida como “dor pélvica” pode ter origem diversas, mais de cem causas possíveis, sendo que a metade delas está associada à endometriose. Ela ocorre na região do baixo ventre, sendo o motivo que leva várias mulheres a procurar médicos especialistas no intuito de descobrir as causas e tratamentos respectivos.
As pacientes, quando procuram especialistas, se queixam de dores agudas ou crônicas. As quais tem diferenças assim explicadas por eles: “as agudas, são dores de início repentino e intenso. As crônicas, em geral, se desenvolvem ao longo de meses, o que pode causar os fenômenos de hipersensibilização e coativação. Em outras palavras, a cronificação gera mais dor”.
Cronificação
Na prática, isso quer dizer que a dor crônica na pélvis é mais forte. A hipersensibilização é quando a medula e o cérebro ficam mais sensíveis à dor e acabam fazendo com que a mulher a sinta de forma mais acentuada.
Coativação
Já a coativação é quando os neurônios que têm ligações com o órgão afetado começam a fazer novas conexões com outras partes do corpo e irradia a dor para outras regiões. Ou seja, uma nova dor surge em outros lugares, além da pélvis.
Diagnóstico
O médico lembra que o maior desafio nos casos das dores crônicas é o a diagnóstico preciso. E isso só é possível quando o ginecologista faz uma anamnese completa com informações importantes como idade, período menstrual, início do problema, intensidade entre outros fatores que somente podem ser respondidos pela paciente.
O tratamento para esse mal pode incluir remédios, terapias nutricionais, fisioterapia, acupuntura, mudanças de hábitos de vida e até cirurgia. “O principal fator de risco para dor pélvica crônica é um estilo de vida estressante, sedentário e com maus hábitos alimentares e urinários. A busca por um estilo de vida saudável é a melhor maneira de prevenir dores crônicas”, assim define o ginecologista Nucelio Lemos.
Remédios caseiros para dor pélvica:
O primeiro passo para acabar com a dor da pélvis é procurar um médico ginecologista, pois ele fará exames minuciosos que poderão identificar as causas do incômodo e prescrever um tratamento convencional adequado. Além disso, alguns remédios caseiros supervisionados pelo médico podem aliviar e prevenir o problema, veja a seguir:
– Bolsa quente: nos momentos em que a dor está forte, coloquer uma bolsa de água ou gel quente no local para aliviar os sintomas. O aquecimento poderá aumentar o fluxo sanguíneo na área que aliviará a dor;
– Chá de Camomila: use duas colheres de camomila em uma xícara com água quente. Coe e tome com mel;
– Beterraba: tome o suco de beterraba uma vez ao dia antes da sua principal refeição. Se preferir, adicione mel à bebida;
– Água: aumentar significantemente o consumo desse precioso líquido pode aliviar as dores, além de diminuir o inchaço do abdoômen, pois expulsa as toxinas presentes no seu organismo.
Lembre-se que procurar um médico para se ter uma diagnóstico preciso, é muito importante. Faça isso, a sua saúde em primeiro lugar.